quinta-feira, 15 de março de 2012

CALABAR SEGUE...

"Meu coração tem um sereno jeito e as minhas mãos o golpe duro e presto. De tal maneira que depois de feito, desencontrado eu mesmo me contesto.
Se trago minhas mãos distantes do meu peito, é que há distancia entre intenção e gesto....
Quando me encontro no calor da luta, ostento a aguda empunhadura à proa mas, o meu peito se desabotoa.
E, se a sentença se anuncia bruta, mais que depressa a mão cega executa, pois que senão o coração perdoa."

Fala do personagem Mathias de Albuquerque

"Não sei. Só sei que eu também sempre fiz o que era para ser feito. E passei de um lado para o outro sem nunca me perguntar porque. porque aprendi que na guerra vale tudo. Sempre achei tudo normal. Achei normal que um batalhão de flamengos lutasse do lado dos portugueses. Quando um ano depois, eles desertaram de volta, achei normal... normal executar 200 índios...depois, 120 batizados...normal combater sob as ordens de chefes que achavam normal lutar por dinheiro...por qualquer bandeira...
Achei tudo normal porque não sou louco. Só um louco é que faz perguntas que não pode responder..."

Fala do personagem  Sebastião Souto

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